As meninas do Benne Fica em Napoli!

Caneças amigo,

O nosso textinho de nápoles resume-se a isto:

Segundo um grande ultra romano, NÓS, as meninas, é que somos as verdadeiras ultras do Benne Fica. Bebemos, fumamos e fodemos à grande e à italiana! Grande Roma! (ler com sotaque italiano, oh sff).
Antes de partirmos para esta aventura napolitana, muitos foram os avisos dos amigos ‘alminhas’: “Vocês são malucas, vão ser esfaqueadas, violadas e ainda ficam sem o carro”. Destemidas, fizemos ouvidos de mercador aos supostos grandes ultras do Iquinha e rumámos até ao aeroporto Sá Carneiro sem medo dos primeiros “scontri”: com os muitos adeptos do Vitória de Guimarães. Os morcões estavam em Barcelona e nós afanámo-los como se não houvesse amanhã! A faixa da Ribeira já cá canta. Era um início de viagem prometedor, mas melhor foi quando aterrámos em território romano e vimos as beldades que por lá se passeavam: nós cá (entenda-se Ruru e Piri) apaixonámo-nos a cada cinco minutos, mas já lá vamos! Por agora, o objectivo era outro. Chegar a tempo e horas ao San Paolo para ver o Benfica ganhar, com vida! Enquanto a Piri carregava no acelerador e a RuRu não se calava, a Puta e a Lila faziam a sinfonia no banco de trás, uma sinfonia que lhes trouxe alguns dissabores, mas já lá iremos (sim, porque não acabamos este texto hoje!). Depois de muitos quilómetros, muitas horas na puta do trânsito italiano e de espancarmos um senhor gasolineiro napolitano, lá conseguimos chegar ao estádio sem abalroar uma única lambreta (sim, porque elas existem aos milhares e atravessam-se destemidamente no nosso GLORIOSO caminho). Lá conseguimos deixar o nosso Panda Tau Tau a 1500 km do estádio e fomos em busca de uma fresquinha para a ressacada da Dona Lila, enquanto aguardávamos que o belo Batoca (ou Badoca) nos trouxesse os bilhetinhos mágicos (que pena que não foste tu, S.) (Piri: graças a deus que não foste tu, S.[ão João]). Contra todas as expectativas (dos que diziam que nem sequer íamos ver o jogo), o objectivo da nossa tour estava concluído com sucesso: estávamos no San Paolo, agora o que viesse era por acréscimo (e não é que veio!). Aquela merda era o paraíso. Se há quem se gabe de em Portugal termos homens bons por metro quadrado é porque nunca foi a Itália, onde o petisc estava ao virar de cada esquina: ele era bófias, ele era stewartds, ele era ultras... uma maravilha! Tanto que Ruru e Piri já ansiavam pelo momento em que fossem algemadas, com direito a bastonadas e tudo! Nunca um cacetete nos pareceu tão romântico! Já a Puta e a Lila pareciam mais atacadas pelos ultras de cá, que não escaparam a uma interminável sessão de fotos... Fiquem com a marmita, fiquem, que nós vamos jantar fora! A vida é para as espertinhas!
No meio de tanto atacanço, o Benfica lá conseguiu um bom resultado e só perdeu por 3-2, perante aquele inferno que são os ultras da terra (aqueles assobios matavam-nos no sector hospiti). O jogo foi bom, os nossos agradeceram a quem de direito e saímos daquele estádio azul (bebé) com um sorriso, mal sabíamos que o melhor estava para vir: aquela bela escolta policial! Depois de tentarmos furar o cordão por várias vezes ( e com todas as desculpas possíveis e imagináveis) achámos por bem que deveríamos respeitar a autoridade napolitana. A bem da verdade, já ninguém queria sair daquele estádio e tudo por culpa de um espadaúdo e portentoso espécime napolitano. (Ai que ele era munta xiro e eu e a Piri casávamo-nos já ali, abençoadas pelo San Paolo – A puta, claro, já estava também atacada, só porque sim, mas não podia demonstrar todo o seu amor porque estava lá o seu mais que tudo...). Infelizmente, vimo-nos obrigadas por infortúnios do destino a deixar para trás aquele belíssimo espécime italiano, assim que nos enfiaram dentro do carro da bófia. Nós bem dissemos que não, que verdadeiras ultras como nós não precisávamos de escolta, mas fomos obrigadas a seguir viagem com os chibos feios, porcos e maus num carrinho azul (bebé) e branco, com os bancos duros comós cornos (meus e da Piri não, porque graças a S. Pietro não os temos).
Ao contrário do que o alminha dizia, o nosso Panda Tau Tau não tinha um único arranhão, o que é normal quando se trata do popó das verdadeiras ultras do Benfica. Tiveram medo, coitadinhos! Restava-nos agora aguardar pela chegada do amiguinho de Dona Lila: um ultra napolitano, que conheceu no tagged (um vírus que assombrou o seu computador por muitos e longos anos). O problema é que se nós não falávamos italiano, ele nem o inglês arranhava, por isso escusado será dizer que já estávamos pior que putas!

(TO BE CONTINUED!!!! – Sim, porque escrever textos bezana às duas da manhã não está com nada. Entenda-se o contexto: Ruru, Piri e Sagres sentadas ao mesmo computador não dá bom resultado. De futuro prometemos ser mais sérias, ou não! Sabemos que estão mortinhos por conhecer todas as peripécias desta viagem atribulada, mas nós temos mais que fazer.... Nha nha nha!!!!! Té manhããããã – Ai caralho, que até rima)

By Piri&RuRu (The real Benne Fica Ultras)